Resenha do livro escola e democracia
Escola e Democracia (Demerval Saviane)
No início do livro Saviani fala a respeito do problema referente ao alto índice de crianças que se encontram marginalizadas das escolas. Discorrendo sobre a marginalidade o autor classifica as teorias educacionais em dois grupos que tentam explicar a marginalidade realizando um paralelo entre educação e sociedade. O primeiro grupo, chamado “Teorias não-críticas”, composto pela Pedagogia tradicional, a Pedagogia nova e a Pedagogia tecnicista, compreende a educação como instrumento de equalização social, ou seja, de superação da marginalidade.
O segundo grupo, chamado “Teorias crítico-reprodutivistas” que abrange a Teoria do Sistema de ensino como violência simbólica, a Teoria da escola como aparelho ideológico do estado e a Teoria da escola dualista, compreende a educação com instrumento de discriminação social, ou seja, como fator de marginalização. Para Saviani, o segundo grupo é composto por teorias críticas, pois busca entender a educação.
Para as teorias não críticas a marginalidade é considerada um desvio e a educação tem como dever corrigi-lo. Já para o grupo das teorias crítico-reprodutivistas a marginalidade é um problema social e a educação dispõe de autonomia em relação à sociedade estaria capacitada a intervir de formar eficaz na sociedade, promovendo, dessa forma, a equalização social. Para o autor enquanto as teorias não-críticas pretendem ingenuamente resolver o problema da marginalidade por meio da escola sem jamais conseguir êxito, as teorias crítico-reprodutivistas explicam a razão do suposto fracasso.
De acordo com Saviani a tarefa de uma teoria crítica que não seja reprodutivista é superar o poder ilusório, característico das teorias não-críticas e, a impotência, presente nas teorias crítico-reprodutivistas.
No capítulo sobre a Teoria da curvatura da vara, o autor enfatiza a questão da problemática do ensino desenvolvido no interior da escola de primeiro grau, apresentando três