Teorias critico reprodutivistas
A escola por muito tempo foi como um instrumento para desfazer as injustiças socias, seria um meio para o progresso e a democratização, já que seu objetivo era tornar iguais as chances para os indivíduos de classes diferentes. Mas a reprovação e a evasão escolar eram grandes, mostrando que a equalização proposta não ocorreu. Então, nas décadas de 60 e 70, muitos téoricos franceses consideraram essa ideia de escola muito simples, pois na verdade as escolas estavam reproduzindo as diferenças sociais, onde os indivíduos de classes mais baixas eram discriminados e repreendidos. Os sociólogos franceses, Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, foram reprodutivistas defensores da teoria da violência simbólica. Eles acabaram com a ilusão da autonomia absoluta do sistema escolar e, para eles, a escola era totalmente dependente do contexto social na qual está inserida. A chamada violência simbólica, pregada pelos teóricos, é aquela que levava as pessoas a agirem e a pensarem de um determinado jeito, sem que se dessem conta de que agem e pensam assim. Assim, a cultura e os sistemas simbólicos em geral podem se tornar meios de poder, já que fazem valer a ordem vigente e tornam homogêneo o comportamento social. Então, para os autores, a instituição escolar é considerada um meio de violência simbólica, pois reproduz as regalias existentes na sociedade, o acesso à escola, o sucesso escolar e possibilidade de cursar uma universidade, estão reservados aos já socialmente favorecidos. Os esquemas de pensamento, percepção, apreciação e ação são dados desde a infância por um trabalho pedagógico feito primeiro pela família e depois pela escola, logo as crianças de classes dominantes possuem uma educação familiar muito próxima daquela que receberão na escola. Sendo natural que o estudante vindo de classes pobres fique desambientado, causando o fracasso. Para os autores, a existência de um sistema de ensino institucionalizado e