Formação da identidade do romantismo brasileiro
O Romantismo brasileiro tem início em 1836, 14 anos depois da proclamação da independência, quando, por ironia do destino, em Paris, Domingos J. Gonçalves de Magalhães publica os "Suspiros Poéticos e Saudades”. No momento em que nascia o Romantismo brasileiro o país passava por muitas transformações sociais. O Brasil tornou-se independente de Portugal em 1822. Logo depois, em 1831, D. Pedro I abdicou ao trono em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, para combater o governo absolutista imposto em Portugal por seu irmão D. Miguel.
Mesmo depois da independência o Brasil ainda estava sob a dominação portuguesa e todos os nossos intelectuais iam á Europa em busca de formação superior. Ao retornar ao país estavam naturalmente influenciados pelas idéias que corriam na Europa.
Esse panorama só começou a ser mudado quando a Família Real veio para o Brasil, em 1808, e o Rio de Janeiro passou por um processo de urbanização. Mas foi com a Proclamação da Independência, em 1822, que homem brasileiro passou a sentir necessidade de varrer para sempre a imagem do português conquistador e auto-afirmar-se membro de uma nova nação que estava se formando.
Além disso, nessa época, o brasileiro estava inquieto, buscava uma consciência nacional, pois não podia nem queria mais continuar a agir como o colono do tempo do império e se considerar "europeu", porém, não podia ser considerado indígena, por causa dos costumes absorvidos da civilização européia. A literatura nacional teve grande importância na vida social e na formação da conscientização nacional. Ela, a literatura, passou a olhar para o futuro e quando se remetia ao passado, não o fazia como os românticos europeus, que se baseavam na Idade Média. Mesmo porque o Brasil não teve cavaleiros e damas medievais. O Brasil teve um passado indígena que já estava totalmente perdido e foi para esse passado que a literatura brasileira voltou seus olhos.
Portanto, na criação de uma nova