Letras/literatura
O romance romântico e a identidade nacional
Romantismo e romance
A Independência do Brasil (1822) pôs na ordem do dia a seguinte questão: o que é ser brasileiro? Os escritores românticos tomaram para si o compromisso de definir nação, povo, língua e cultura brasileira. O romance, ao surgir nesse contexto, assumiu o papel de um dos principais instrumentos nesse processo de “descoberta” do país e de busca de identidade nacional.
Século XIX
Público consumidor da literatura romântica: burguesia. Romance: importante meio de expressão artística da burguesia. O romance narra o presente, os acontecimentos comuns da vida das pessoas, numa linguagem simples e direta.
O romance brasileiro e a busca do nacional
Projeto de construção de uma cultura brasileira autônoma: reconhecimento da identidade de nossa gente, nossa língua, nossas tradições e também das nossas diferenças regionais e culturais. Espaços nacionais: selva, campo e cidade. Romance indianista e histórico: vida primitiva. Romance regional: vida rural. Romance urbano: vida na cidade.
Romance indianista
Índio: único e legítimo representante da América. Índio no Romantismo brasileiro: autêntica expressão de nacionalidade (tanto na poesia quanto na prosa). Eis o projeto literário do romance indianista: Narrativas que remetem ao passado histórico e ao processo de constituição do povo brasileiro; Escolha do índio como representante do povo americano; Protagonistas apresentam características da natureza exuberante.
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José de Alencar e o indianismo
José de Alencar (1829-1877) nasceu no Ceará e foi o principal romancista brasileiro da fase romântica. Escreveu romances indianistas, históricos, urbanos e regionalistas, crônicas, críticas, peças teatrais. José de Alencar dividiu o período de formação do povo e do país em 3 fases: Ubirajara aborda o momento que antecedeu a chegada dos colonizadores portugueses (lendas e mitos da terra selvagem); Iracema trata do