De letra em riste: identidade, autonomia e outras questões da literatura africana.
José Luís Pires Laranjeira possui doutorado em literaturas africanas de Língua Portuguesa pela FLUC, onde é atualmente professor associado. Tem Licenciatura em estudos portugueses, mestrado em Literaturas Brasileiras e Africanas de língua Portuguesa, é autor de obra vasta sobre a matéria, tendo dedicado boa parte de seu esforço de investigação à questão da negritude. É ainda responsável pelas cadeiras de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, desde 1981 e também de culturas africanas.
O autor Pires Laranjeira discorre em seu livro sobre três tópicos, sendo que no primeiro ele aborda sobre a formação e o desenvolvimento das literaturas africanas. Ele inicia o tópico descrevendo que para uma literatura tornar-se um sistema nacional passa por fases, fases estas de hesitação e de indefinição, e também são escritas em português, mas não são traduzidas nas línguas africanas. No século XIX, os africanos e portugueses tinham colunas de jornais e produziam boletins, revistas, jornais entre outros, de fato eles intercalavam nos textos escritos em português. O autor fala também que naquele momento os africanos também se empenhavam em trabalhos de pesquisa linguística, sociológica e etnográfica, que favoreceram uma atmosfera de aprofundamento do saber sobre as realidades africanas. Também sita que depois de modificações, os africanos passam a dar mais credibilidade nos brasileiros e norte-americanos. Fala também que neste século muitos escritores foram destacados por serem os primeiros a descrever a realidades dos africanos, naquele momento os homens tratavam a língua como tudo de mais importante e daí eles criavam literaturas nacionais numa língua internacional; o autor frisa que não sabemos quando começou nem quando terminará o século decisivo das literaturas africanas de língua