Teorias antropológicas evolucionistas.
Adotando como referência os aspectos culturais da moderna civilização ocidental, a antropologia evolucionista hierarquiza as sociedades humanas, considerando primitivas ou atrasadas todas as formas de organização social distintas desse modelo ocidental. Para os autores evolucionistas, havia uma unidade psíquica humana, o que eliminava a idéia de uma variedade hereditária, tratando a humanidade como homogênea em natureza, embora situada em diferentes graus de civilização. Deste modo, haveria uma só raça humana, com uma só origem e a idéia de uma desigualdade natural, fruto de origens diferentes, dá lugar à desigualdade de grau, não de gênero. Para Edward Tylor Cultura é o todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade. Por sua vez, realizou estudos comparativos das manifestações religiosas as diferentes sociedades humanas, acreditando, depois disso, poder estabelecer três etapas na evolução da ideologia religiosa dos povos: Animismo, politeísmo e monoteísmo. Embora as teses de Tylor tenham sido amplamente criticadas, suas concepções sobre a evolução das religiões continuam presentes na linguagem vulgar.
Lewis Morgan publicou em 1877 seu estudo (A Sociedade Primitiva), no qual distinguia três etapas por que passaram, ou passarão todas as sociedades humanas: selvajaria, barbárie e civilização, numa seqüência obrigatória de progresso. De igual forma, estabeleceu vários estágios sucessivos para a formação da família, os quais iriam desde a promiscuidade primitiva à família bilateral