Teoria a burocracia
Heráclito procura explicar o mundo pelo desenvolvimento de uma natureza comum a todas as coisas e em eterno movimento. Ele afirma a estrutura contraditória e dinâmica do real. Para ele, tudo está em constante modificação. Daí sua frase "Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio", já que nem o rio nem quem nele se banha são os mesmos em dois momentos diferentes da existência. Parmênides, ao contrário, diz que o ser é unidade e imobilidade e que a mutação não passa de aparência. Para Parmênides, o ser é ainda completo, eterno e perfeito.
Heráclito e Parmênides: o surgimento da filosofia entre o ser e o vir-a-ser
PARMÊNIDES
Conta-se que Parmênides certa vez disse a respeito de Heráclito: "Fora com os homens que nada sabem e parecem ter duas cabeças! Junto deles está tudo, também seu pensamento, em fluxo. Eles admiram as coisas perenemente mas precisam ser tão surdos quanto cegos para misturarem assim os contrários!".
De fato, enquanto um se baseava na lenta e dolorosa escalada da lógica pura, e outro muitas vezes parecia estar guiado pela intuição e até por um misticismo confuso, era natural que não apenas discordassem, mas que se desenvolvessem ânimos entre eles. No entanto, esse conflito nos é fundamental, pois teria sido o primeiro choque de idéias que ainda hoje encontra força e significado; afastando-se lentamente da Filosofia da Natureza e do misticismo de Pitágoras, Heraclito e Parmênides começam a desbravar um território que ainda hoje nos assombra - o estudo dos seres e dos não - seres. Ao questionar o que eles são, até que ponto eles são válidos e reais, ponto de divergência entre os dois, o que é, como ocorre e se ocorre o vir -a- ser (isto é, não ser então tornar-se) eles partem para um estudo mais