Teoria dos dois fatores

Teoria dos dois fatores Frederick Herzberg foi contemporâneo de Douglas McGregor e, assim como ele, um importante nome da abordagem comportamental à administração, sobre a qual falamos no primeiro capitulo deste livro. Em 1954, Herzberg apresentou sua teoria dos dois fatores no livro The motivation to work, escrito com colegas. Diferentemente das teorias de Maslow e de McGregor, a de Herzberg fora elaborada a partir de pesquisas empíricas: ele e sua equipe entrevistaram 200 engenheiros e contabilista de diferentes empresas em Pittsburgh, na Pencilvânia. Primeiro eles pediam que o entrevistado descrevesse situações nas quais havia se sentido extremamente bem em seu trabalho e, depois, situações nas quais havia se sentido extremamente mal. A conclusão mais surpreendente do estudo é que os eventos que à satisfação são diferentes do que levam à insatisfação. Até então, era senso comum pensar que o oposto da insatisfação era satisfação; por exemplo, um ambiente de trabalho sujo deixaria o funcionário insatisfeito, enquanto uma ambiente limpo o deixaria satisfeito. Baseado em suas análises, Herzberg afirma que as coisas não eram bem assim: um ambiente sujo deixava o funcionário insatisfeito, mais o ambiente limpo não o deixava satisfeito; deixava-o apenas neutro, sem o sentimento de desagrado. Desse modo, se os administradores resolvessem os problemas que causassem insatisfação, poderiam ter uma equipe apaziguada, mas não necessariamente satisfeita – a menos que investissem também nos fatores de satisfação. Na interpretação de herzeberg, os fatores que geravam insatisfação estavam relacionados às necessidades mais básicas do ser humano, como saciar a fome e proteger-se de ameaças externas. Um emprego que não atendesse tais necessidades – por oferecer um salario baixo demais ou promover um permanente clima de medo, por exemplo – seria insatisfatório. Os fatores que levam à satisfação, por sua vez, estavam relacionados às necessidades superiores do ser humano, ao