A TEORIA DOS DOIS FATORES
De acordo com Albuquerque e Limonge-França, qualidade de vida no trabalho pode ser conceituada como
(...) um conjunto de ações de uma empresa que envolve diagnóstico e implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho. (p.40).
Qualidade de vida no trabalho relaciona-se intrinsecamente com a função a ser executada. Muitas empresas estão em busca do aumento da produtividade, sem necessariamente considerar o conjunto citado acima. Considerando que boa parte da vida útil de um indivíduo é vivida dentro da empresa, uma estratégia que considere seu desenvolvimento é fundamental para seu bem estar e aumento da produtividade.
Hipotetizando que o sucesso ou o fracasso do indivíduo pode ser definido através de sua relação com o trabalho,a teoria dos Dois Fatores proposta pelo psicólogo Frederick Herzberg (1968) investiga a seguinte questão: O que as pessoas desejam do trabalho? As respostas a essa questão foram categorizadas, o que permitiu ao autor concluir que existem diferenças entre os momentos em que as pessoas se sentiam bem no trabalho e nos momentos em que se sentiam mal. Os fatores intrinsecamente ligados à função como responsabilidade, autonomia, reconhecimento e progresso deixavam os indivíduos satisfeitos, e atribuíam essa condição a si mesmos, enquanto os insatisfeitos citam fatores externos como responsáveis por sua insatisfação- salário, condições de trabalho e política da empresa. (Robbins, Stephen P, Judge, Timothy A, Sobral, Filipe 2010, p. 201).
Após analisar os dados, Herzberg propõe que o contrário de satisfação não é insatisfação, mas sim não satisfação, e o oposto de insatisfação é não insatisfação. Logo, eliminar fatores que geram a insatisfação somente diminui as reclamações e “apazigua” os funcionários ,não aumenta sua satisfação, por isso são