Teoria dos contrastes simultaneos
Michel Eugène Chevreul era um químico que dirigia as célebres oficinas de tapeçarias Gobelins, em Paris. Ao investigar a aparente falta de vivacidade de certas tintas, Chevreul concluiu que o problema não estava nas cores, mas nos tons que eram dispostos ao seu redor. As cores se influenciavam reciprocamente. Formulou, assim, o que chamou de “lei do contraste simultâneo das cores”. Cores complementares são sempre harmônicas entre si, e exaltam-se reciprocamente.
“Cores complementares são sempre harmônicas entre si, e exaltam-se reciprocamente.”
Vermelho + amarelo = laranja (cor secundária)
Amarelo + azul = verde (cor secundária)
Azul + vermelho = violeta (cor secundária)
Uma cor secundária possui como tom complementar a cor primária que não faz parte de sua composição.
A teoria de Chevreul, publicada em 1839, influenciou de forma definitiva os pintores do final do século XIX, dentre eles os impressionistas, neo-impressionistas e pós-impressionistas.
O contraste simultâneo é uma conseqüência do trabalho do olho pela busca de equilíbrio. Ele ocorre sempre que o olho é sensiblizado por uma cor. A partir desse instante, o olho procura o tom complementar a essa cor , para que esses tons se anulem e ele possal voltar ao seu estado de equilíbrio inicial. Quando o olho encontra esse tom complementar e consegue se anular, consegue-se a famosa “harmonia cromática” (esse é um conceito que será desenvolvido mais a diante).
Entretanto, quando o olho não encontra o tom complementar, ele a projeta em algum tom qualquer localizado próximo a cor original. Dessa forma, cada cor assume um pouco do tom complementar de outra. veja no exemplo abaixo
Nessa imagem, o quadrado cinza escuro e o quadrado verde possuem a mesma luminosidade. já os dois quadrados cinzas centrais são exatamente iguais. No entanto, o quadrado que está dentro do quadrado verde está avermelhado. O que acontece é que nosso cérebro, tentando anular o