Van Gogh ideias
Na primeira carta a Bernard -escreve:
“... continuo a acreditar que você se aperceberá de que nos ateliers não se aprende um níquel de pintura e nem de como viver; e que se é obrigado a aprender a viver como a pintar sem recorrer aos velhos truques e aos velhos trompe-l’oeil dos intrigantes”.
Ele vê os trabalhos dos impressionistas, entra em contato com os jovens pintores que gravitam em torno deste movimento e se preparam para renovar-lhe as bases: Seurat, Signac, Anquetin, Gauguin,
Bernard, Lautrec. A sua paleta torna-se clara e límpida.
“Em Anvers não sabia nem mesmo o que eram os impressionistas; agora que os vi e mesmo não fazendo ainda parte de seu círculo, admirei muito alguns de seus trabalhos.”
“Agora, uma palavra sobre aquilo que eu próprio faço ...
Pintei uma série de estudos de cores: flores simplesmente
- papoulas vermelhas, flores-de-lis, miosótis, rosas brancas e cor-de-rosa, e crisântemos amarelos; procurando a contraposição do azul com o laranja-forte, do vermelho com o verde, do amarelo com o violeta, procurando tons fragmentados e neutros, para harmonizar a violência dos extremos, procurando tornar as cores intensas e não uma harmonia em cinza. Desde que vi os impressionistas, asseguro- lhe que nem as suas cores e nem as minhas, na sua interpretação, são exatamente semelhantes as suas teorias.” (Carta endereçada a H. M. Levens, um pintor inglês que Van Gogh conhecera em Anvers.) “Executei também uma dúzia de paisagens decididamente verdes ou decididamente azuis.”
Sua admiração, todavia, não é incondicional e sem lucidez:
“Ouviu-se falar dos impressionistas, dos quais se tem a priori uma excelente opinião; ao vêlos pela primeira vez, fica-se amargamente