Teoria da CF
Origem do Poder
De onde vem o poder? O que faz com que um homem aceite ser comandado por outro, abrindo mão de sua liberdade individual? Esta questão tem sido o desafio de muitos pensadores ao longo da história.
Em algumas organizações sociais acredita-se que o Poder vem de um ser supremo – Deus – que o teria transmitido a um ser humano especial. Deste conceito nasceram os Estados Teocráticos que tem Deus no centro do Poder e os homens que o exercem são mensageiros da vontade suprema. Os antigos egípcios acreditavam que seus faraós eram o próprio deus.
Outras correntes creditam o Poder a um exercício de autoridade de um homem sobre o outro, derivado de respeito familiar ou tribal, subserviência voluntária, dominação ou encontro de vontades.
Assim entende-se que a superioridade de um homem sobre o outro, quer no aspecto intelectual ou financeiro dá origem à classe dominante, pilar da Aristocracia e a subserviência de um homem a outro por livre escolha do grupo originou a Democracia.
Platão, na obra “A República”, estuda a convivência dos homens em comunidade – o termo república literalmente significa “coisa de uso comum” ou que pertence a todos. E assim estabelece uma proposta de convivência onde as cidades não deveriam ter muitos habitantes, de forma que todos pudessem se conhecer e o poder seria exercido por aqueles que tivessem mais sabedoria – os filósofos. Neste conceito quem sabe mais poderá guiar os outros.
Aristóteles na obra “A Política” é mais um observador das coisas do seu tempo e reporta-se ao homem como sendo “zoon politikon” aproximando a definição de um animal que vive em comunidade como as abelhas ou as formigas. Esta organização social e que interessa estudar, já que o homem não tem funções biológicas diferenciadas que definam sua posição na sociedade, como no caso das abelhas ou formigas. Existe então um Poder que é exercido na família, depois se estende aos núcleos maiores