Teologia da Cruz
Bacharelado em Teologia
Disciplina: História da Igreja nas Reformas
Discente: Tiago Ademir Graube
Teologia da Cruz
Como sabemos, existem várias maneiras de interpretar determinados temas, bem como diversos/as autores/as que escrevem acerca dos mesmos assuntos, porém, com perspectivas, pontos de vista e formações distintas. Desta maneira, gostaria de dissertar, de forma breve, acerca da concepção de Lutero sobre cristologia e também no que diz respeito à Teologia da Cruz. Não obstante, abordarei também os conceitos de Jon Sobrino, e Jürgen Moltmann.
Quando falamos em cruz, o sentido desta vai mais além do que estamos acostumados/as. Assim, é possível dizer que cruz não significa somente pobreza, mas sim morte. Morte daqueles/as que sofrem todos os dias e morrem lentamente em um contexto de opressão onde, na maioria das vezes ou mesmo quase sempre, povos inteiros são usados e explorados. Vivemos em uma realidade onde todos os dias milhares de pessoas morrem não somente de doenças, e sim por fome, frio, precariedade no âmbito da saúde, pelo preconceito, machismo, por falta de educação e de esclarecimento, ou seja, pela desigualdade tão presente em nosso contexto.
Desafortunadamente estamos inseridos/as nesta realidade, onde muito está no poder de poucos (minorias) e pouco, muito pouco, está nas mãos de muitos (maioria). Estas cruzes coletivas de que falamos1 e nos apropriamos para retratar os índices de desigualdade em nosso continente sofrem diariamente com a invisibilidade, ou seja, se tornam invisíveis nas ruas, em suas casas, em seus trabalhos, onde em uma grande parte são explorados/as e violentados/as. Dessa forma, entendemos claramente que a cruz significa morte daqueles/as que sofrem de mil maneiras, morte de povos inteiros, morte coletiva, cruel, lenta, mas real, mortes que ocorrem antes do tempo, provocadas por um sistema machista preconceituoso, capitalista, que não está aberto ao diálogo. Ainda nesse sentido, podemos afirmar