Reprodução da Simulação da Cinética de Reação da Hidrólise de Óleo de Soja
1.1.
Produção de biodiesel
O biodiesel vem sendo considerado uma alternativa à utilização de combustíveis fósseis empregados na geração de energia, uma vez que, ele oferece uma série de vantagens técnicas e ambientais em relação ao diesel produzido do petróleo. Pode ser obtido por meio de plantas oleaginosas, como palma, soja, girassol, amendoim, babaçu, mamona, entre outras, ou ainda de resíduos gordurosos industriais, óleos de frituras, enfim, através de processos como a transesterificação, hidroesterificação ou por craqueamento.
A transesterificação é mais utilizada para produzir biodiesel, nela a molécula de triglicerídeo (base dos óleos vegetais) reage reversivelmente com moléculas de álcool (etanol ou metanol), na presença de um catalisador ácido, básico ou biológico, para produzir uma mistura de ésteres de ácido graxo
(biodiesel) e glicerina, que são separados por decantação pela diferença de densidade. Já a hidroesterificação consiste em duas etapas: a primeira é a hidrólise do triglicerídeo, produzindo ácido graxo e glicerina; na segunda etapa ocorre a esterificação dos ácidos graxos produzidos na etapa anterior, gerando o biodiesel de elevada pureza e como subproduto a água, que é reutilizada no processo de hidrólise.
A grande vantagem da hidroesterificação em relação à transesterificação é que o ácido graxo livre é reagente da mesma, não sendo, portanto, uma limitação em termos de especificação de matéria-prima. Isto faz com que seja possível a utilização de matérias-primas de alta acidez, sem a necessidade de um pré-tratamento através de uma reação de neutralização. Além disso, se conjugada ao uso de catalisadores heterogêneos, elimina a formação de sabão, diminuindo assim o número de operações unitárias de separação, tornando possível a reutilização do catalisador e produzindo uma glicerina de alta pureza, livre de sais.
Para possibilitar o estudo da hidroesterificação é necessário conhecer a cinética da