trabalho
A base documentaria é constituída pelas sete cartas proto-paulinas e devem ser lidas como cartas apostólicas. Fala-se de duas hipóteses relevantes que é A hipótese histórica que influenciou a reflexão teológica de Paulo e a segunda é a teoria de Zumstein, no qual sua argumentação é desenvolvida nas cartas impregnada pelas tradições vividas, discutidas e desenvolvidas dentro do Cristianismo dos helenos de Antioquia, comunidade de base do Apóstolo desde sua conversão até ao segundo incidente de Antioquia e foi com essa comunidade que o Cristianismo e a Igreja se consolidaram. A hipótese hermenêutica está marcada por três grandes campos teológicos como sublinha Junger Becker, a saber: 1 Ts da teologia da Eleição; 1 e 2 Cor da teologia da Cruz, Gl, Fl e Rm a temática da Justiça e Justificação.
Paulo recorre a dois registros para certificar a morte e ressurreição de Jesus, na primeira ele toma por base as fórmulas tradicionais e a segunda de uma concepção própria. Ele é herdeiro da corrente querigmática dos helenistas em Antioquia que está presente nas cartas de: 1Ts, 9-10; 1Cor 15, 3-5; 11, 23-26; 2Cor 5, 14-15, Gl 1, 4, Fl 2, 6-11, Rm 3, 25-26.
A cruz é a único evento de salvação e o ponto de referência da argumentação de Paulo e também de oposição à circuncisão. Para Paulo é referencia tanto do discurso da teologia da cruz como do ensinamento que trata da justificação. É Ernst Kasemann e Jurgen Becker e continuado por Jean Zumstein que colocam os seguintes resultados sobre a Cruz: A cruz atesta uma inversão, torna-se o sujeito; a cruz é de natureza polêmica, ela denuncia e anuncia uma nova realidade; a cruz é portadora de uma tríplice afirmação, ela é palavra de Julgamento, palavra sobre Deus e Soteriológico no qual revela e faz a nova possibilidade de existência.
O crucificado é o absurdo que revela o fracasso, tanto da sabedoria especulativa dos gregos como da esperança religiosa judaica. Ele é o