Temporalidade e subjetividade
Acadêmica: Denise Corder Petrica
Disciplina: TCC
Professor: Fernando Brito
Proposta: Ensaio
Tema: A percepção do tempo no sistema capitalista.
O tempo é uma construção social. O homem sempre necessitou contar a passagem de tempo de alguma maneira, isto justifica as inúmeras teorias e indagações sobre o tempo, já que ele pode ser entendido sobre vários aspectos. Por ser um tema complexo e abrangente, muitas áreas do saber humano pesquisam sobre o tempo e a sua influência na vida humana. Todas as ações humanas são controladas pela temporalidade, tanto a humanidade antiga quanto a contemporânea está de alguma forma aprisionada pela contagem do tempo. O que marca estas diferenças de temporalidade na vida humana são as adaptações do homem dentro do seu contexto histórico e as necessidades de se relacionar com o tempo. Com a crescente industrialização e o advento do sistema capitalista, o tempo parece ter acelerado o que ocorreu na verdade não foi a aceleração do tempo, e sim adequação do próprio homem dentro do imperativo modelo produtivista.
Mas o tempo é o que? Medida, mudança, categoria, movimento, duração, memória, matéria ou imaginação? É real ou percepção? Os filósofos se ocuparam em pensar sobre o tempo, os poetas, os artistas também. ida
Esta intrigante palavra tempo, já era pensada pelos filósofos da antiguidade. Aristóteles dizia que o tempo é uma das dez categorias e se caracteriza como um todo e uma quantidade contínua. Para Kant, filósofo metódico e reconhecido da modernidade, percebe o tempo como uma das formas puras da sensibilidade, sendo portanto dado a priori, e constituindo uma das condições de possibilidade de nossa experiência do real, em Crítica da razão pura : “ o tempo não é outra coisa que a forma de sentindo interno, isto é, da intuição de nós mesmos e de nosso estado interior.” O próprio kant, usava da pontualidade dos relógios, servindo de orientação para os habitantes da