teleoperadores

5774 palavras 24 páginas
OS TELEOPERADORES E O NOVO MUNDO DO TRABALHO: UM ESTUDO
DE CASO SOBRE OS TELEOPERADORES DA CENTRAL DE
TELEATENDIMENTO ATENTO – CAMPINAS-SP - 2012-2013

Resumo
Este trabalho apresenta minha pesquisa de iniciação cientifica em andamento que se iniciou em Abri de 2012. Trata-se de um estudo de caso sobre os teleoperadores da central de teleatendimento Atento, localizada na cidade de Campinas-SP. Tem como intuito compreender e analisar as novas relações de trabalho que esse setor estabelece e como essas novas relações reconfiguram aspectos da classe trabalhadora. Dentro deste setor serão analisados, principalmente, os recortes de identidade de classe, sindicalismo, ação e organização política, resistências cotidianas e subjetividade. E também como questões de gênero, geracional, sexual e de etnia se colocam neste assunto.
Introdução
Partindo de uma breve contextualização histórica, para que se compreenda através de que meios se consolidaram as novas morfologias do trabalho, que acabam por dar origem ao teleoperador, uma nova categoria da classe trabalhadora, pode se dizer que teve início com a crise dos modelos de produção fordista-taylorista dos anos 1970 que levou à uma reestruturação produtiva nas décadas seguintes.
Esta reestruturação tem como base uma “acumulação flexível” (HARVEY,
1992), isto é, uma produção de acordo com as demandas do mercado. A partir disso, ocorreram mudanças significativas no mundo do trabalho, tanto com relação a sua forma de ser, quanto a sua organização sindical e política (ANTUNES, 1995).
Neste momento também se consolida um grande avanço tecnológico nas indústrias, fato que também contribui para a reconfiguração de uma série de aspectos das relações de trabalho e modos de produção até então estabelecidos. A acumulação flexível juntamente com o desenvolvimento tecnológico dá base para a criação de um novo modelo produtivo, que surge substituindo o modelo fordista e tem sua origem no
Japão, conhecido como

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