Tecnologias e novas educaçãoes
O autor discorre sobre o momento em que vivemos em todas as áreas do conhecimento, da cultura e da vida social. Analisando a sociedade contemporânea a partir das transformações do mundo científico, tecnológico, cultural, social e educacional, objetivando fazer uma crítica aos mesmos.
O autor aborda estes assuntos em seis conceitos: a organização vertical de comando, a organização horizontal de rede, a televisão como meio de comunicação, softwares, maquinização do ser humano e a educação em crise.
a) Desde o êxodo dos judeus do Egito, empreitadas, empresas, guerras e a maioria das atividades humanas vêm sendo organizadas do modo hierárquico, vertical e de comando, geralmente representadas pelo organograma (Chiavenatto, 1990). Os princípios desse modelo que aqui chamaremos de organização vertical de comando estão impregnados na sociedade: as mães apelam para os pais (“- Quando seu pai chegar...”); os visinhos em litígio, para o síndico; os motoristas, para os guardas, e assim por diante, envolvendo-se sempre uma instância mediadora superior.
b) Referindo-se as empresas multinacionais, ao sistema financeiro – que passou a ser internacional -, ao comercio, aos serviços, sempre numa perspectiva planetária, e a própria produção de conhecimento parece estar seguindo esse modelo que poderíamos denominar de organização horizontal em rede. As redes de computador podem oferecer suporte propício para que essa organização horizontal funcione de forma mais ampla envolvendo recursos distribuídos em regiões muito extensas, como a totalidade do planeta, em um grande número de pessoas, a exemplo dos projetos Genoma e GNU.
c) Um movimento intenso de concentração na propriedade dos meios de comunicação de massa, estando o Brasil seguindo uma tendência mundial em termos de concentração de grupos que comandam a produção simbólica mundial. No Brasil apenas seis redes nacionais de televisão (Globo, SBT, Record, Bandeirantes, Rede TV! e