Tecnociências e Humanidades, 2005

Luiz Pinguelli Rosa introduz em seu livro sua forma de apresentação, através do conhecimento cientifico e com base no conceito de paradigma explicado como um conjunto de princípios e procedimentos, julgados eficazes na elaboração de teorias práticas, para interpretar fatos, abordar e resolver problemas. Seu foco são as “teorias do conhecimento” que envolve as relações da física com a filosofia da ciência e com a sociedade. As duas culturas mencionadas por ele, as ciências da natureza e as humanidades, cuja primeira utiliza do método cientifico, ou seja, experimentais, e a segunda não. O significado de tecnociência é a junção de ciência e sua derivada, a tecnologia, elas surgiram do
Iluminismo no qual emergiu a sociedade industrial e tecnológica do capitalismo, e muitos problemas atuais da filosofia da ciência têm raízes históricas e filosóficas, são essas raízes as que serão mencionadas ao longo do livro para justificar os problemas citados. A ciência é influenciada pelo contexto social e seus paradigmas tem sido usados para legitimar a ordem social e econômica. Na abordagem histórica das teorias do conhecimento o autor centraliza o foco na física e no método cientifico surgido com ela. Epistemologia é outro termo bastante citado na obra, cujo objeto de estudo é o conhecimento cientifico relacionando-o à filosofia e à logica. O autor relaciona as teorias do conhecimento mais importantes, ou seja, os condicionantes históricos e sociais às teorias cientificas que nelas influíram, mostrando principalmente a física, abordando o determinismo newtoniano como um paradigma geral na visão hegemônica de mundo da modernidade, desde suas origens até a ruptura deste paradigma iniciada no fim do milênio, no caso da física essa ciência forneceu o paradigma para as teorias epistemológicas mais influentes hoje como, por exemplo, a teoria marxista e a ciência newtoniana.
Pós-introdução o autor constrói uma ponte do determinismo aos novos paradigmas,