Tanatologia - Livores
A morte é caracterizada pela interrupção da vida, que inclui o cessamento das atividades biológicas que caracterizam um organismo vivo, como a parada das funções circulatória, respiratória e cerebral. Após o processo de morte o sistema não mais vive, encontra-se morto. A dificuldade de diagnosticar o momento da morte acontece porque ela não ocorre em um instante exato, mas sim gradualmente. Para isso existe a tanatologia forense, que é a parte da medicina legal que procura estudar a morte e diagnosticar a sua causa, o momento e as circunstâncias envolvidas. Para diagnosticar o fenômeno da morte, estão inseridos alguns exames tanatológicos: necroscopia, tanatognosia, cronotanatognosia, perinecropsia e necropsia, além de exames complementares, nos quais podem ser verificados os variados fenômenos cadavéricos, sendo observados os abióticos imediatos, como, a parada cardiorrespiratória, e os consecutivos como esfriamento cadavérico, desidratação do cadáver, livores hipostáticos e a rigidez cadavérica. Os livores cadavéricos, ou hipóstases cadavéricas, ou livor mortis, são manchas avermelhadas ou azuladas encontradas na pele e vísceras. São ocasionadas pelo acúmulo de sangue nas regiões mais baixas por ação da força gravitacional, a qual forçará os elementos mais pesados do sangue (as hemácias) a se deslocarem. Ocorrem pela perda do tônus das vênulas e capilares. Nos primeiros momentos, o sangue está contido no interior das veias de maior declive, porém pouco a pouco, vão infiltrando os tecidos, adquirindo à mancha o caráter persistente. O aparecimento das hipóstases ocorre de 2 a 3 horas após a morte e alcançam sua fixação e maior intensidade depois de decorridas 8 a 12 horas. De acordo com o tempo decorrido após a morte, com a mudança da posição do cadáver, os livores podem desaparecer ou não. Desaparecem se houver mudança de posição do cadáver dentro das 8 a 12 horas de pós-morte.