Taipa
Pau-a-pique também conhecida como taipa de mão, taipa de sopapo ou taipa de sebe, é uma técnica construtiva antiga que consistia no entrelaçamento de madeiras verticais fixadas no solo, com vigas horizontais, geralmente de bambu amarradas entre si por cipós, dando origem a um grande painel perfurado que, após ter os vãos preenchidos com barro, transformava-se em parede. Podendo receber acabamento alisado ou não, permanecendo rústica, ou ainda receber pintura de caiação.
Utilizado no repertório das construções dos séculos XVIII e XIX, período colonial. Sobretudo nas paredes internas de tais edificações. Das técnicas em arquitetura de terra é a mais utilizada principalmente por dispensar materiais importados. Note-se que seu uso ocorre, em sua maioria, na zona rural.
A construção de pau a pique, quando mal executada e mal acabada, pode se degradar em pouco tempo, apresentar rachaduras e fendas.
Houve alguma evolução na forma de construir com pau a pique. As madeiras deixaram de ser fixadas no solo, pelo fato de apodrecerem rapidamente, suas amarrações passaram ser feitas com outros materiais, fibra vegetal e arame galvanizado. Mais recentemente, no Chile, têm surgido construções utilizando uma variação desta técnica, que é chamada de quincha metálica ou tecnobarro, onde a madeira da "gaiola" é substituída por malha de ferro, preenchida com barro através de equipamento apropriado
O uso da terra como matéria prima para construções remonta a mais de 10 000 anos, sendo a África, (Egito), Médio Oriente, as regiões onde foram encontrados os registros mais remotos do domínio das técnicas de Arquitetura de terra.
Apesar do preconceito existente, as técnicas em terra crua ainda são bastante utilizadas, segundo as Nações Unidas, 60% da população mundial vivem em construções feitas em terra.
Ainda com muita freqüência o Pau-a-pique, é usado na região norte e nordeste e nas regiões rurais do pais.