SÓCRATES E A MUSICA
Curso de Psicologia
Filosofia
2014.2
SÓCRATES E MÚSICA
Flávia Petrucio Figueira
Rio de Janeiro
08/10/2014
“ALGUM LUGAR ENTRE FITAS DE CABELO E ARCO-ÍRIS”: COMO ATÉ A CANÇÃO MAIS CURTA PODE MUDAR O MUNDO
Anne Torkelson
Na apocalíptica e totalitária Panem, Katniss Everdeen está tão ocupada lutando com sua força e perspicácia que deixa de lado outro grande poder que age ao seu redor: o poder da música. Quando conhece Rue na arena, Katniss aprende que a coisa que a menina mais ama no mundo é a música. Katniss, em contraste, coloca a música “em algum lugar entre fitas de cabelo e arco-íris em termos de utilidade”: decorativa, talvez até bonita, mas sem significado prático. Ao longo do tempo, porém, ela acaba percebendo que a música tem papel importante em sua vida e descobre que, mais do que simples entretenimento, ela tem o poder de forjar seu caráter e inspirar a revolução que destrói a Capital.
Independente de compor, tocar ou apenas ouvir música, você sabe que ela influencia suas emoções. Recorremos à música quando estamos tristes, quando comemoramos algo e quando queremos nos motivar a fazer exercícios físicos ou estudar. Nós entramos em bandas, vamos a shows e cantamos no chuveiro. Usamos a música para nos expressar. Sabemos como a música nos afeta como indivíduos, mas será que ela consegue mudar a sociedade? E poderia ser perigosa para a estabilidade política? Será que a música é forte o bastante para incitar uma revolução e derrubar um regime tão poderoso quanto o da Capital? Por mais novas e surpreendentes que estas perguntas possam parecer para nós, elas foram feitas há milênios na Grécia Antiga por Platão (428-348 a.C), um dos filósofos mais influentes de todos os tempos.
A música pode ser perigosa?
Platão merece crédito por ter escrito as primeiras obras sobre filosofia moral e política do mundo ocidental, uma coleção de diálogos filosóficos, a maioria tendo a participação de seu