Música e Ginástica no Livro III da República
Em 398, Sócrates começa a tratar sobre a forma e a estrutura da música, ele seleciona os tipos de música que devem ser mantidos na cidade, os que não devem e porque.
Visto que as melodias são composta por três elementos:
❖ Palavra;
❖ Harmonia;
❖ Ritmo. e tanto a harmonia, quanto o ritmo acompanham as palavras, que não são diferentes do discurso, o filósofo elimina da cidade as harmonias lamentosas (mixolídia,sintonolídia, entre outras) e as harmonias efeminadas (jônia e lídia), ficando apenas com a dória e a frígia. As duas ultimas são classificadas por Sócrates como: violenta e voluntaria, tais harmonias relatarão os homens de bem, valentes, corajosos, sensatos e pacíficos.
Quantos as harmonias lamentosas e efeminadas, foram descartadas pois são inúteis, visto que fazem referência a moleza, a embriaguez, aos prazeres do sexo, a preguiça e nada disso convém a um guardião.
Após isso, Sócrates mostra desnecessário a variedade de instrumentos na cidade, já que não existira muitas harmonias, ficando apenas com a lira e a cítara. E então como ele mesmo diz continua a “purificar a cidade”, tratando agora do ritmo, os ritmos que devem permanecer são os que correspondem a uma vida ordenada e corajosa, sem muitas variações.
Efeito da música sobre o caráter:
Como foi dito, a harmonia e o ritmo se adaptam a palavra e Sócrates afirma que a expressão e a palavra dependem do caráter da alma. Então, a boa qualidade da harmonia, do discurso e do ritmo dependem do caráter,e o modela na bondade e na beleza. Pois, a beleza e a fealdade também estão ligadas ao bom e ao mau ritmo, e a fealdade é como diz Sócrates “irmã da linguagem perversa e do mau caráter’, sendo a beleza o oposto, a beleza despertaria então o caráter sensato e bom.
O filosofo