Síntese do texto “Lúdico e Escola: Entre obrigações e Prazer”
O Texto cita uma frase que ouvimos frequentemente, no que diz, “Primeiro o dever, depois o prazer”. Dever e Prazer estão sendo retratadas como uma antítese, pois o prazer está ligado a algo agradável, harmonioso, satisfação, alegria e já o dever refere-se à obrigação de fazer algo.
Marcellino, 1990, afirma que o ingresso na escola introduz a noção de obrigação (ou dever) na escola.
Althusser 1980, considera que a família é o primeiro aparelho ideológico do estado no qual o indivíduo se insere. A transmissão de valores na família se dá com base nas relações afetivas e as crianças pouco a pouco aprendem que quando agem de acordo com valores privilegiados pelos pais recebem demonstrações de carinho, e quando o contrario, recebem, castigos e punições.
Para Althusser, a infância é o período da vida em que se fica entalado entre a obrigação e o prazer, entre o reino da escola e o reino do lúdico. E a nossa conformação social tende a nos empurrar cada vez mais para dentro do reino da escola, onde operam os valores da sociedade neoliberal: racionalidade, produtividade, eficiência, eficácia, competitividade, sucesso financeiro.
O mundo escolar é marcado pela preparação para o futuro das atividades adultas e consequentemente a negação da infância. Nele imperam a racionalidade, produtividade, competição, disciplina, esforço, responsabilidade e ainda podendo dizer o terrorismo, pois não se esforçar não passará para serie em diante. Portanto o lúdico é banido da vida das crianças ou pelo menos é o que se tenta fazer.
A escola não sobreviveria apenas com deveres e a disciplina que impõe, e com isso abre brechas para o lúdico, mas de tal forma que atividades prazerosas são transformadas em instrumentos de disciplinamento.