Síndrome do Pânico

20710 palavras 83 páginas
A síndrome do pânico, também chamada de transtorno do pânico, atinge mais de 170 milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se de uma doença que se caracteriza por crises inesperadas de medo e desespero. A pessoa tem a sensação de que vai morrer. O coração dispara, sente falta de ar, tremor e sua abundantemente. Quem padece de síndrome do pânico sofre não só durante as crises, mas também nos seus intervalos, pois fica cada vez mais inseguro e angustiado com a perspectiva de que outra crise pode acontecer a qualquer momento. O medo de sofrer novo ataque afeta a qualidade de vida do doente, que se isola e evita até mesmo a realização de atividades do cotidiano.
Na visão dos psiquiatras, o distúrbio diagnosticado por Sigmund Freud como neurose da angústia e neurose da ansiedade, tem base constitucional e estrutural no sistema nervoso central e fortes indícios de relação com a evolução humana e genética. Além disso, hoje os pesquisadores já aceitam a predisposição orgânica, associada a fatores emocionais, é desencadeadora do transtorno e pode contribuir para a manutenção ou agravamento dos sintomas.
Além do grande sofrimento individual, as doenças mentais representam um alto custo médico e social, principalmente quando se sabe que atualmente são a terceira causa de afastamentos do trabalho. Os transtornos de ansiedade são os mais frequentes entre as alterações de ordem emocional registradas nos serviços de saúde, indicando uma incidência em torno de 4% a 6% da população em geral. Sua ocorrência é três vezes maior entre as mulheres e se manifesta principalmente na faixa etária dos 14 aos 45 anos. As informações são do psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, supervisor e pesquisador do Programa de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Pesquisas realizadas nos anos 1990 indicam que a ocorrência de desordens de pânico é maior entre parentes de primeiro grau (pais, filhos ou irmãos), variando entre 15% e 24,7%. A

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