Sindrome do pânico
Antonio Egidio Nardi, Alexandre Martins Valença
A partir da década de 1960, foram realizadas muitas pesquisas para se procurar entender os fatores que levavam algumas pessoas a terem inesperadas crises de ansiedade. Em 1980 o termo “Síndrome do pânico” passou a ser usado como classificação oficial. Segundo a classificação da DMS (Diagnostic and Statistical of Mental) a Síndrome do Pânico pertence á classe dos Transtornos de Ansiedade, junto com fobias, o Estresse Pós-Traumático, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo e o Distúrbio de Ansiedade Generalizada. Apesar de ser uma classificação recente, encontram-se na história, descrições que se assemelham à síndrome do pânico.
A Síndrome do Pânico caracteriza-se pela ocorrência de ataques de pânico inesperados e recorrentes. Esses ataques consistem em períodos de intensa ansiedade e são acompanhados de sintomas físicos e afetivos. Os sintomas mais comuns são taquicardia, sensação de falta de ar, dificuldade de respirar, formigamentos, vertigem, tontura, dor ou desconforto no peito, despersonalização, sensação de irrealidade, medo de perder o controle, medo de enlouquecer, sudorese, tremores, medo de desmaiar, sensação de iminência da morte, náusea ou desconforto abdominal, calafrios ou ondas de calor, boca seca e perda do foco visual. Trata-se de um grave problema de saúde pública que tem um curso crônico, afetando 3,5% da população geral. É mais comum em mulheres e indivíduos entre a terceira e quarta década de vida. Por ser um transtorno de ansiedade, a síndrome dó pânico provoca um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça, um medo sem objeto definido.
A expectativa constante de ter uma nova crise é uma das características do Transtorno do Pânico. Com essa ansiedade antecipatória, as pessoas passam a evitar certas situações e acabam restringindo suas vidas.
Podem ocorrer reações fóbicas secundárias, que geralmente estão