No livro Surdez e Linguagem de Ana Paula Santana aborda o tema surdez, sendo o objetivo do trabalho oferecer uma contribuição à o debate a fim de proporcionar discussões que levam em conta a relação entre linguagem, cognição e cérebro. As suas preocupações são a análise do que de fato ocorre nas interações sociais que marcam a experiência dos surdos. O livro é divido em três partes, sendo a primeira a discussão dos aspectos relacionados as “Realidades fabricadas”, destacando a identidade, a cultura e a língua. Na segunda parte, “Rompendo fronteiras”, ela aborda aspectos ligados ao funcionamento da linguagem. E por fim na terceira parte, “Caleidoscópio” o enfoque para as implicações neolinguísticas das diferentes formas de perceber e referenciar o mundo. O seu estudo leva em conta os relacionamentos apenas aos surdos de grau profundo e filhos de pais ouvintes, sendo essa a realidade dos surdos considerada mais problemática em termos sociais, linguísticos e cognitivos. Participaram da pesquisa seis crianças e cinco adultos surdos. No primeiro capítulo “Cultura, identidade e surdez”, tem o relato da professora Dalva sendo ela surda “Infelizmente, a cultura surda é bastante pobre”, fazendo que nós percebemos que o surdo precisa aprender a se comunicar e esse é um dos grandes problemas. Ana Paula diz que quando um pesquisador propõem determinadas abordagens para lidar com a surdez, não consegue ser imparcial, pois sua proposta sempre refletirá uma concepção própria de surdez. Tal concepção resulta do modo como cada estudioso encara a surdez, seja como deficiência, seja como diferença. Quando é discutido o tema surdez, surge uma série de dicotomias e estas refletem as diferentes posições que os surdos têm de tomar diante da impossibilidade de ouvir. Debater sobre esses conflitos, entender o modo como surgiram determinados categoremas e como adquiriram legitimidade é o que Ana Paula pretende fazer no primeiro capítulo. Ela visa não apenas discutir