Super estrutura
O sistema viário deve atender a itens de conforto e segurança na trafegabilidade dos veículos pelas ruas e avenidas da cidade.
A cidade, em sua maioria, tem optado pelo uso do pavimento flexível principalmente por possuir uma refinaria de petróleo próximo. Os pavimentos da cidade são executados em Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), material de alta flexibilidade e excelente resistência aos esforços de flexão, características estas que levam os profissionais a escolherem este tipo de revestimento. No entanto este material pode deteriorar-se mais rapidamente, principalmente quando ocorrem falhas no processo de execução ou, quando não é efetuado um plano de conservação e manutenção periódica.
Em Belo Horizonte por ser uma cidade de condições climáticas (umidade, temperatura e chuvas) variando durante todo o ano, com o pavimento asfáltico exposto às diversas intempéries, e a intensidade e ação do tráfego relacionados à má execução das obras e com falhas no plano de manutenção e conservação, propicia o aparecimento de patologias como fissuras, trincas, panelas (buracos) e outros tipos de defeitos. 2. AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO PAVIMENTO
2.1 Serventia
A avaliação funcional de um pavimento relaciona-se à apreciação da superfície dos pavimentos e como este estado influência no conforto ao rolamento. O primeiro método estabelecido de forma sistemática para a avaliação funcional foi o da serventia de um dado trecho de pavimento, concebida por Carey e Irick (1960) para as pistas experimentais da AASHO (American Association of State Highway Officials, hoje AASHTO, American Association of State Highway and Transportation Officials). O valor de serventia atual é uma atribuição numérica compreendida em uma escala de 0 a 5, dada pela média de notas de avaliadores para o conforto ao rolamento de um veículo trafegando em um determinado trecho, em um dado momento da vida do pavimento. Esta escala compreende cinco níveis de serventia, conforme expresso na