Subjetividade, personalidade e cultura a complexidade do comportamento humano
A complexidade do comportamento humano por Lucia Irene Reali Lemos
Há diferentes formas de se conceituar subjetividade, o que depende da concepção de ser humano subjacente à sua conceituação. Diferentes escolas psicológicas concebem subjetividade de diferentes formas. Conforme a concepção da psicologia sócia- histórica (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, 2001), a subjetividade é uma produção cultural e histórica que pode ser entendida como a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural; é uma síntese que nos identifica por ser única, singular, e nos iguala enquanto seres humanos na medida em que os elementos que a constituem estão imersos no mundo social. Esta síntese - a subjetividade - é o mundo de idéias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais. O mundo social e cultural, conforme vai sendo experienciado possibilita-nos a construção de um mundo interior. São diversos fatores que se combinam e nos levam a uma vivência muito particular. Nós atribuímos sentido a essas experiências e vamos nos constituindo a cada dia.
A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um. É o que constitui o nosso modo de ser. Se a subjetividade pode ser concebida como o mundo interno construído pelo ser humano como síntese de suas determinações, a personalidade é a expressão exata das crenças, sentimentos e atitudes de uma determinada pessoa que apresenta determinado padrão de respostas, mais ou menos estável. Diversas escolas psicológicas buscaram compreender a formação da personalidade, sendo que cada uma delas destaca e descreve diferentes processos de sua formação.
A subjetividade humana surge do contato entre os homens e