Sophia de Mello Breyner Andresen
“Foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX”
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto em 6 de Novembro de 1919, numa família aristocrática de ascendência dinamarquesa. Por ser aristocrata, beneficiou de uma educação cultural e artisticamente privilegiada e orientada por princípios católicos.
Passou grande parte da sua infância e juventude no seu jardim familiar e na praia da Granja. Daqui surgiu o encantamento pela natureza e em especial pelo mar.
Antes de aprender a ler já sabia de cor versos de Camões e de Antero, e aos doze já escrevia os seus. Fez o ensino secundário no Colégio do Sagrado Coração de Maria, no Porto.
Aos dezassete anos foi para Lisboa onde foi estudar Filosofia Clássica na Universidade de Lisboa, onde foi dirigente de movimentos universitários católicos (1936-39). Nunca chegou a concluir o curso.
Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores. Ficou célebre como canção de intervenção dos Católicos Progressistas a sua "Cantata da Paz", também conhecida e chamada pelo seu refrão: "Vemos, Ouvimos e Lemos. Não podemos ignorar!"
Sophia amava o Mar e a Liberdade.
Após o 25 de Abril de 1974 foi deputada da Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.
Casou-se, em 1946, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares e foi mãe de cinco filhos: uma professora universitária de Letras, um jornalista e escritor de renome (Miguel Sousa Tavares), um pintor e ceramista e mais uma filha que é terapeuta ocupacional e herdou o nome da mãe.
Os filhos motivaram-na a escrever contos infantis.
“Comecei a inventar histórias para crianças quando os meus filhos tiveram sarampo.”
Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.
A sua obra abrange a poesia, o conto,