Vida e obra de Sophia de Mello Breyner Andresen
Escritora Portuguesa natural do Porto, nasceu em 1919, foi aí que passou a sua infância e a juventude.
Antes de aprender a ler já sabia de cor versos de Camões e de Antero, e aos doze já escrevia os seus. Fez o ensino secundário no Colégio do Sagrado Coração de Maria, no Porto, mas mudou–se para Lisboa, onde Filologia Clássica e aprendeu a amar o Tejo. Foi casada com o jornalista Francisco Sousa Tavares e mãe de cinco filhos, que a motivaram a escrever contos infantis.
Estreou–se em 1941 com a colaboração em Cadernos de Poesia e em 1944 editou a sua própria colectânea Poesia. Colaborou também em Távola Redonda e Árvore.
Uma formação em Filologia Clássica indica um tema recorrente da sua obra: a civilização grega, enquadrada em Sophia por uma perspectiva humanista cristã. As preocupações de foro social não estão todavia ausentes, sobretudo a partir de Livro Sexto, tendo encontrado evocações do passado para sugerir transformações do futuro; pela sua constante atenção aos problemas do Homem e do Mundo, criou uma literatura de empenhamento social e político, de compromisso com o seu tempo e de denúncia da injustiça e da opressão.
Foi distinguida,em 1999,com o Prémio Camões.
Foi também tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare.
Sophia de Mello Breyner Andresen é, sem sombra de dúvida, um dos maiores poetas portugueses contemporâneos – um nome que se transformou, em sinónimo de Poesia e de musa da própria poesia.
Obras:
Poesia, 1944;
Dia do Mar, 1947;
Oral, 1950;
No Tempo Dividido, 1954;
A Fada Oriana, 1958;
Mar Novo, 1958;
A Menina do Mar, 1958;
Livro Sexto, 1962;
O Rapaz de Bronze, 1965;
O Cavaleiro da Dinamarca, 1964;
Geografia, 1967;
A Floresta, 1968;
Dual,1972;
Nome das Coisas, 1977;
Musa, 1994; etc.