Somos todos musicais
A Trilha muitas vezes é referenciada pelas pessoas como “uma banda de caras que são Advogados, Administradores, Mercadólogos, e etc”. Referência que se faz ao fato de que na banda todos são músicos práticos e são profissionais liberais na sua vida cotidiana.
Entretanto, o “ser músico” já existia antes mesmo da vida profissional diversificada que cada um escolheu. O “ser músico” é essência e alma dos componentes da banda.
Aliás, essa expressão “ser músico” pode ser muito bem ampliada para uma gama maior que seria verbalizado pela expressão “ser musical”.
Cada show realizado nada mais é do que a concentração de dezenas, centenas de pessoas que são, em sua essência, um “ser musical”. São pessoas que nascem, adquirem sua individualidade, se personificam, mas que no decorrer da vida mantém um elo em comum com essas outras dezenas, centenas: a música. Esse elo é mágico, pois codifica dentre todas as personalidades um ponto de união, um ponto em comum entre as pessoas. Somos advogados, escritores, jornalistas, médicos, garis, comunistas, religiosos ou estudantes, mas sempre com um elo em comum que nos liga, que não é espiritual ou material; é música! E para isso não precisa saber tocar, ter uma banda, ser músico. Nem todos são músicos, mas todos nós somos musicais.
Cantar no chuveiro, ligar o som do carro, acordar com o rádio da empregada, assobios de canções que vem das obras.
Enfim, ser musical é isso: é ser um “ser musical”. Que pode sair de casa com todas as intenções ou fitos, mas que, no fundo, se une a centenas de outros em um mesmo local guiados sem perceber pela magia da música.