Somos Marshall
O diretor McG demonstra uma característica que eu não sabia que ele possuía: transmitir emoção honestamente. Os momentos após o acidente são de uma apreensão crescente, afinal os familiares não tem certeza que trata-se do avião que levava os jogadores. A perda de 75 pessoas gera um luto quase palpável. Os atores passam muito bem a tristeza que toma conta de todos, principalmente Matthew Fox, Ian McShane, Kate Mara e January Jones (subaproveitada no restante do filme).
E agora, o que fazer com o programa de futebol da universidade? Do time titular restaram apenas três, que não viajaram por estarem contundidos. Da comissão técnica só sobrou um. Seria desrespeitoso dar continuidade ao futebol dessa forma? O jogador Nate Ruffin e o boa parte da cidade acham que o certo é não deixar o esporte morrer e assim honrar o nome daqueles que perderam a vida no acidente.
O problema é que agora tudo começa do zero. A dificuldade é monstruosa, tanto para encontrar um técnico corajoso e insano o bastante, como para o recrutamento de um número suficiente de atletas. Depois de todos percalços, talvez o maior ainda esteja pela frente: entrar em campo e não fazer feio.
Um dos pontos mais interessantes em We Are Marshall está em um diálogo entre Red (Fox) e Jack (McConaughey) em que ambos discutem sobre a importância ou não de vencer.
Apesar do tema sério e forte, sobra um tempo para o humor, principalmente quando vemos jogadores de outros esportes tentando a sorte na bola oval.
Na realidade, o foco aqui não é exatamente o futebol, apesar das cenas bem dirigidas do jogo em si. We Are Marshall