Resenha marshall
Introdução
T. H. Marshall, define cidadania como “um status concedido àqueles que são membros integrais de uma comunidade”, no qual “todos (...) são iguais com respeito aos direitos e obrigações” (MARSHALL, p. 76). Tal classificação é, por si só, propositadamente, bastante vaga, uma vez que a concepção do que é ser um “membro integral” de uma comunidade (e, portanto, do que é ser cidadão) varia de acordo com os valores da sociedade em questão. Nas sociedades ocidentais contemporâneas, a cidadania é vista, ao menos em teoria, como um status universal, que abarca três tipos de direitos – civis, políticos e sociais – e todas as obrigações derivadas deles.
Esse trabalho tem como objetivo analisar a formação da cidadania em perspectiva comparada. Começaremos com a definição da cidadania de acordo com Alfred Marshall, segundo exposta no capítulo Cidadania e Classe Social, do livro “Cidadania, classe social e status”, de T. H. Marshall, seguida pela análise do caso inglês, com base no mesmo capítulo. Em seguida, faremos a exposição do caso brasileiro nos períodos do Império (1822-1889) e da República Velha (1889-1930), com base no livro “Cidadania no Brasil – O Longo Caminho”, de José Murilo de Carvalho. A exposição dos estudos de ambos os autores será acompanhada de comparações entre o caso brasileiro e o inglês e comentários baseados nas discussões em classe, ocorridas no dia da apresentação do seminário.
Por fim, serão feitas considerações finais, sintetizando as conclusões feitas pelo grupo e durante a apresentação do seminário.
Considerações finais
Brasil e Inglaterra são países essencialmente bastante diferentes. As razões para isso são óbvias. A Inglaterra, desde a Idade Moderna, desponta como uma potência mundial (a maior até a II Guerra), tendo sido o berço da Revolução Industrial e sendo sempre diretamente impactada pelas revoluções liberais européias. Tal contexto histórico tornou inevitável que