Sofistas
Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos), para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação;
O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação;
Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a “virtude” seria possível de ser ensinada.
Postulados
Os sofistas questionaram a propalada sabedoria recebida pelos deuses e a supremacia da cultura grega (uma idéia absoluta à época);
Argumentavam, por exemplo, que as práticas culturais existiam em função de convenções ou “leis”;
A moralidade ou imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural em que aquele ocorreu;
Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser contraposto por outro argumento;
A validade de um dado argumento residiria na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia.
Convencer a platéia ou qualquer debate, a todo custo, era a uma razão de ser da argumentação ou contra-argumentação.
A tarefa da educação era fundamentalmente ensinar o aluno para o bom exercício da retórica e das práticas do convencimento.
Convencer é vencer e vencer deve ser o objetivo de todos aqueles que desejam ser reconhecidos. Os derrotados não contam a história e a humilhação é um preço bem pago aos vencidos.
Tal posição questionadora levou-os a serem perseguidos, inclusive, por aqueles que se diziam amar a sabedoria: os filósofos gregos.
Principais representantes
Protágoras (481 – 420 a.C.), "o homem é a medida de todas as coisas; daquelas que são, enquanto são; daquelas que não, enquanto não são”;
Górgias (483 a 376 a.C), “o bom orador é aquele que convence qualquer pessoa sobre