Os sofistas

Os sofistas e a educação da juventude
Nos séculos VI e V a.C. na Grécia Antiga, o estado democrático dava a qualquer cidadão, independentemente da fortuna, a possibilidade de aceder ao exercício de cargos públicos, o que exigia capacidade de argumentação, pois as decisões politicas eram estudadas convenientemente e discutidas, antes de serem aprovadas. Para responder às novas exigências desta nova forma de governo, surgiu uma classe profissional constituída por professores cujo trabalho é orientado para o ensino das artes da palavra, a arte de discutir – dialética - e a arte de persuadir – retórica, surgiu uma classe de professores privados que asseguravam a instrução dos jovens, preparando-os para a vida adulta. Viajavam de cidade em cidade, oferecendo os seus serviços a troco de muito dinheiro - eram conhecidos com sofistas. O nome sofista já existia antes de aparecerem os sofistas, e significava simplesmente “pessoa de grande saber”. Os sofistas eram então professores que ensinavam a virtude política aos jovens nobres, que desejavam pertencer à classe política dos chefes. Estes indivíduos tinham como função tornar os seus alunos capazes de realizar exercícios políticos, dando-lhes ferramentas básicas para desenvolverem a habilidade de persuadir, bem como estratégias de retórica e oratória. Ensinavam os jovens a falar contra qualquer adversário e sobre qualquer assunto, de maneira a persuadir a multidão melhor do que ninguém e a obter dela tudo o que quiser. O sofista procura, exaustivamente, a forma mais eficaz de transmitir uma determinada mensagem, a forma que melhor convence a audiência. Pretendiam ensinar areté política – a virtude política – entendida como excelência pessoal, como aptidão para a pessoa desempenhar bem as suas funções e ser bem-sucedida. A meta da sofística era a educação dos chefes, e não a educação do povo ou cidadão. Entre as muitas diferenças existentes entre os diversos sofistas, há algo de comum que a todos acompanha: a virtude