Os sofistas
Este trabalho aborda as principais características, assim como o contexto histórico do movimento sofístico, que surgiu no século V a.C. na Grécia e é hoje considerado o marco inicial do período humanista na filosofia antiga. Os sofistas, como especificado no decorrer deste trabalho, foram responsáveis por uma quebra nas relações com a natureza e o saber tradicional, passando ao enfoque do ser humano como centro de todas as coisas.
Além disso, são relatadas importantes informações para a compreensão do papel dos Sofistas na história da Filosofia, como a ideia de ética para os pensadores sofistas e as principais diferenças entre sofistas e filósofos.
Os sofistas
O período pré-socrático (anterior ao século V a.C.) é caracterizado pelo predomínio da preocupação do filósofo pela cosmologia (céus, astros, fenômenos meteorológicos...), pela natureza e pela religiosidade. Desvencilhando-se dessa tradição é que surge o movimento sofístico no século V a.C. Esse movimento tem como particularidade principiar a fase na qual o homem é o centro das atenções, com todas as suas ambiguidades e diferentes posturas. A sofística se preocupa muito mais com a discussão de interesses comunitários, discursos e elocuções públicas, a política, ao alcance da notoriedade no espaço da praça pública, a demonstração pelo raciocínio dos artifícios do homem em interação social.
Sofista é um termo que significa “sábio”, “especialista em saber” e foram eles os primeiros a captar de forma perfeita os problemas da época conturbada em que viveram, sabendo explicitá-los e dar-lhes voz. Dessa forma alcançaram grande sucesso, especialmente entre os jovens: eles respondiam a reais necessidades do momento, propondo aos mais novos da sociedade a palavra diferente que esperavam, já que não estavam mais satisfeitos com os valores tradicionais que a velha geração lhes propunha nem com o modo pelo qual faziam essa imposição.
Pode-se distinguir quatro