Traalho
Sidemar Presotto Nunes
Apresentação
O consumo de óleos vegetais tem aumentado no mundo todo, substituindo parte do consumo de gorduras animais. Embora tenham algumas especificidades no que se refere às características químicas, os óleos vegetais, mas também as gorduras animais, concorrem entre si. A maioria desses óleos são utilizados em processos industriais e na alimentação humana e animal1. Em função do aumento do consumo, a produção, que pode ser obtida através de várias espécies vegetais, também tem se elevado. Em algumas espécies, como no dendê/palma e na mamona, o óleo é o principal produto comercial. Em outras, como no amendoim e na soja, o óleo é um
“sub-produto”, pois não é o que tem o maior valor comercial atualmente. Esse é um aspecto a se considerar quando se trata da possibilidade de aumento da produção de uma ou outra espécie, por interferir na viabilidade econômica do cultivo.
O texto apresenta, a partir de dados do USDA2, principalmente, a evolução da produção e do consumo de óleos vegetais no Brasil, além dos fluxos comerciais brasileiros (importações e exportações) desse produto. Trata também da produção mundial de acordo com as principais espécies produtoras de óleo, além da produtividade média das principais espécies cultivadas no Brasil.
Alguns óleos não se prestam à alimentação por substâncias tóxicas, como a ricina no óleo de mamona. Esses óleos situam-se no grupo dos “non edible oils”.
2 As informações do USDA para o ano 2005/2006 são estimativas e para 2006/07 são projeções. Fonte: www.fas.usda.gov 1
1. Produção mundial de óleos vegetais
A produção mundial de óleos vegetais aumentou aproximadamente 400% entre
1974/75 e 2006/07, passando de 25,7 milhões de toneladas para 123,1 milhões de toneladas. Somente nos dois últimos anos (entre 2004/05 e 2006/07), de acordo com projeções do USDA, o consumo se elevará em 27 milhões de toneladas. A tabela a
seguir