SOCIO I
Universidade Federal de Alfenas
Curso de Ciências Sociais — Sociologia I
Docente: Marcelo Conceição
Discentes: Gabriely M. Lemos e Juliana M. Jorge
Resenha
COMTE, August. Terceira parte: condições de estabelecimento do regime positivo. In: Curso de filosofia positiva. São Paulo: Nova Cultural, p. 87-91, 1991.
Comte inicia essa parte de seu ensaio inferindo que as condições para o estabelecimento do regime positivo já existem e são acatadas pela sociedade de sua época. Contudo, sua tendência a negar as diversas escolas nos dá a entender que existem dois obstáculos no caminho do desenvolvimento da Filosofia Positiva: a escola teológica e a escola metafísica. Um argumento que evidencia sua escola filosófica é que a escola Positivista tende, essencialmente, a impor aos detentores do poder o atendimento às reais necessidades do povo.
O filósofo caracteriza-se como um ferrenho crítico das especializações dentro das ciências. Para o autor, a ideia de especificação representa a limitação das ciências, e, por isso, defende a universalização científica. Ao justificar seus argumentos, o filósofo recorre para o que denomina como "bom senso universal" (considerando-se que a filosofia positiva almeja principalmente atender ao povo, por isso a universalidade das inteligências, que abrange todas as camadas sociais). O conceito de educação universal é de uma educação que melhoraria significamente as "noções essenciais" dos estudantes, conferindo-lhes "clareza de tudo".
Segundo Comte, a educação universal tem como público central o proletariado. Ele enfatiza que a instrução universal auxilia o processo de aprendizagem e evita a ascensão da metafísica em virtude da ignorância de um povo. Lembrando Descartes e Bacon, afirma que o bom senso do povo origina-se do fato de o mesmo não ter proximidade com a cultura escolástica. Indiretamente, este trecho da obra de Comte diz que a filosofia positiva defenderá o proletariado da alienação teológica. Essa