Sociedades primitivas Nas comunidades tribais não havia necessidade de escolas, escrita, comércio, Estado ou História, porque eles não seguem os padrões normais da nossa cultura, pelo contrário eles constituem uma sociedade mítica, o sagrado se manifesta na explicação da origem divina da técnica, da agricultura, dos males, tudo gira em torno do divino; e de tradição oral, seus conhecimentos são passados de geração a geração. Sabemos que não é fácil caracterizar as comunidades primitivas, porque há muitas diferenças entre as comunidades primitivas e as demais, certamente cometeríamos o risco do etnocentrismo, se avaliássemos estas sociedades a partir dos padrões de nossa cultura. Para o etnólogo Pierre Clastres não se pode estudar estas comunidades pelo que lhes falta, mas considerá-las diferentes. A organização social das tribos baseia-se em uma estrutura que mantém homogênea as relações, sem a dominação de um sobre o outro. Quem representa o poder é o chefe guerreiro e o feiticeiro, eles são as pessoas mais respeitadas da tribo e possuem certo prestígio, mas sem nenhum privilégio, pois mesmo que as pessoas executem tarefas diferentes, o trabalho e o seu produto são sempre coletivos. As crianças aprendem nas comunidades tribais imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias dos rituais, conforme as suas comunidades nômades ou sedentárias. As crianças aprendem para a vida nas atividades produtivas como: caça, pesca, pastoreio e agricultura por meio da vida, sem que alguém esteja especialmente destinado para a tarefa de ensinar. Não são usados castigos por parte dos adultos, a tolerância em relação aos enganos dos alunos e o respeito ao seu ritmo, é um diferencial para sua forma de aprendizagem. Por ser uma sociedade de tradição oral, não existem instituições que a regulem, mas nem por isso eles vivem de forma desregrada, muito pelo contrário eles são uníssemos, convivem igualitariamente, e respeitando suas próprias tradições. Desta