sociedade primitiva
As principais informações sobre a sociedade primitiva sâo-nes fornecidas por dois ramos da história: a arqueologia e a etnografia. A primeira reconstitui o passado da humanidade de harmonia com os documentos da cultura material; o seu fim é investigá-los, escrevê-los e classificá-los. Esses monumentos compreendem os instrumentos de trabalho, as armas e os utensílios, os restos de habitações, as obras de arte e os objectos rituais. Os monumentos arqueológicos caracterizam também, embora em menor grau, a ideologia de outrora. Os arqueólogos exploram as aglomerações antigas (estações, aldeias) e as sepulturas; escavam a camada arqueológica, quer dizer, a camada de terreno que encerra os restos inorgânicos e orgânicos da vida e actividade humanas, cuja espessura atinge por vezes deze nas de metros. Neste domínio, os dados da geologia, da paleozoologia e da paleobotânica permitem determinar com bastante exactidão a sucessão das civilizações. Nestes últimos tempos elaboraram-se métodos físico-químicos para descobrir a idade dos achados, métodos esses baseados no estudo das transformações suportadas pelos restos organicos no curso dos milénios. Assim, os investigadores descobrem nas ossaturas, nos resíduos de fogueiras, etc., a quantidade de isótopo radioactivo do carbono, chamado «carbono 14», e, sabendo que o seu período é de cerca de 5500 anos, estabelecem a data da sepultura ou da aglomeração. A etnografia estuda a cultura e os costumes das tribos e dos povos, designadamente dos povos chamados «atrasados». No século XIX, e mesmo no princípio do século XX, regiões da África e da América, da Ásia, da Oceânia, e também certas regiões da Rússia, eram habitadas