Socialismo científico e utópico
Uilson Goes
Profª. Cíntia Henrique de Oliveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura/História (HID 1651) – História do Imperialismo
29/05/11
INTRODUÇÃO
A necessidade de modificações profundas na sociedade foi expressa, inicialmente, pelos chamados socialistas utópicos. Suas idéias, desenvolvidas na primeira metade do século XIX, de uma maneira geral, se distinguiram por propor certas mudanças desejáveis, visando alcançar uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna, sem, no entanto, apresentar de maneira concreta os meios pelos quais essa sociedade se estabeleceria, pois não fizeram uma análise crítica da evolução da própria sociedade capitalista. Tais considerações seriam desenvolvidas mais tarde por Karl Marx e Friedrich Engels.
A consolidação da ordem burguesa, industrial e capitalista na Europa do século XIX produziu profundas transformações no mundo do trabalho. As precárias condições de vida dos trabalhadores, as longas jornadas de trabalho, a exploração em larga escala do trabalho feminino e infantil, os baixíssimos salários, o surgimento de bairros operários onde conforto e higiene inexistiam, eram apenas algumas das contradições geradas pela nova sociedade capitalista.
É dentro desse contexto que se desenvolve a teoria socialista. Trata-se ao mesmo tempo, de uma reação aos princípios da economia política clássica e às práticas do liberalismo econômico que, nessa época, serviam de referencial teórico ao desenvolvimento do capitalismo.
Os pensadores socialistas entendiam que a produção capitalista, estabelecida a partir da propriedade privada dos meios de produção e da exploração do trabalho assalariado, era incapaz de socializar a riqueza produzida.
Pelo contrário, o capitalismo tendia à máxima concentração da renda, não apenas pelo avanço contínuo do progresso da técnica aplicada à produção, mas, também, e principalmente, pelo fato de se apropriar do