Sobre a obrigação de respeitar os idosos
A todos deve ser dado o devido respeito. Recomendá-lo preferencialmente ao idoso é uma forma de discriminá-lo, colocando-o à margem da comunidade. Soa como "respeite-o porquê ele é idoso", o que pode ser erroneamente interpretado como "não respeite quem não for idoso". Não é essa a atitude que queremos estimular entre os nossos pares.
Sabemos que, quanto mais desenvolvida for uma sociedade, maior será a idade média da sua população. Embora ainda distantes daqueles chamados "países desenvolvidos", temos observado nítido e progressivo aumento da expectativa de vida da nossa população. Portanto, "país de jovens" deve ser entendido como "país subdesenvolvido" em termos sociais e econômicos.
Felizmente, porém, estamos avançando. Não na velocidade em que gostaríamos de fazê-lo nem na abrangência de que necessitamos, mas de forma explícita o suficiente para nos confirmar que estamos na rota certa. Um bom exemplo pode ser verificado nos avisos que identificam os lugares preferenciais para idosos em ônibus e no metrô. Mostram, de forma estilizada, uma figura alquebrada, apoiada em bengala, identificada com a doença e com a limitação. Estamos aprendendo a entender melhor a importância e o papel social dos idosos e, com isso, preparando o nosso próprio futuro. Quem envelhecer verá.
Portanto, cabe a nós, hoje, cuidar para que a velhice não seja um tempo de amargura, de tristezas, provendo os que já transcorreram mais tempo que nós de carinho, afeto, atenção, compreensão e amor.
Cuidar dos idosos é amar a vida, dom maior de todos nós. Se queremos, ser uma nação evoluída, não podemos abandonar os nossos velhinhos. Precisamos ajudá-los e só assim seremos ajudados por meio da transmissão da experiência, da sabedoria acumulada por eles ao longo dos tempos. Amar a vida, respeitando todos os momentos (da fase de embrião à terceira idade), eis um bom começo para nos tornarmos, verdadeiramente, uma nação