Sistemas de saneamento basico
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, cerca de 5.560 municípios brasileiros apresentam enormes desafios, em variados graus e aspectos, relacionados a problemas de infra-estrutura urbana e serviços públicos que afetam a maior parte da população.
Os dados do Censo 2010, divulgados pelo IBGE em 04/2011, revelam que a maior carência do país na área de serviços públicos e infraestrutura continua a ser em saneamento básico: apenas 55,4% dos 57,3 milhões de domicílios estavam ligados à rede geral de esgoto. Outros 11,6% utilizavam fossa séptica, forma de saneamento considerada adequada pelo instituto.
Os demais 33% ou não possuem nenhum tipo de disposição de dejetos ou usavam soluções alternativas (como o despejo em rios, fossas rudimentares etc) consideradas como inapropriadas. Estavam nessa situação 18,9 milhões de domicílios brasileiros.
Já o serviço de coleta de lixo atendia a 87,4% dos domicílios - ou 50,1 milhões de domicílios. No caso do abastecimento de água, 82,9% dos domicílios estavam ligados à rede geral de distribuição, mas ainda 10% das famílias buscavam a água em poços. Outros 7,1% usavam outra solução alternativa - como a retirada de água de lagos ou nascentes.
No Brasil as doenças resultantes da falta ou inadequação de saneamento, especialmente em áreas pobres, têm agravado o quadro epidemiológico. Males como cólera, dengue, esquistossomose e leptospirose são exemplos disso.
Como a Ausência de Saneamento Afeta a Saúde
Diversas doenças infecciosas e parasitárias têm no meio ambiente uma fase de seu ciclo de transmissão, como por exemplo, uma doença de veiculação hídrica, com transmissão feco-oral. A implantação de um sistema de saneamento, nesse caso, significaria interferir no meio ambiente, de maneira a interromper o ciclo de transmissão da doença.
O controle da transmissão das doenças, além da intervenção em saneamento e dos cuidados médicos, completa-se quando é promovida a educação sanitária,