Sistema portuario
A palavra gargalo é um termo usado para identificar os pontos que obstruem o normal seguimento das exportações. Nessa linha, indiscutivelmente e por unanimidade, o sistema portuário foi escolhido como o principal gargalo, para à necessária expansão dos embarques de produtos brasileiros para o exterior. 12 de Novembro de 2012
Em evidência na mídia devido às promessas de um pacote do governo, o setor portuário tem sido alvo de muito debate, mas nem por isso, contudo, sua importância e principais questões chegaram a ser compreendidas pelo público, o que não é bom.
É grande a expectativa do empresariado sobre as medidas a serem anunciadas, algo natural considerando os mais de R$ 22 bilhões programados em investimentos até 2022.
O agravante à tensão dos investidores é a prevalência da antiga e ultrapassada imagem dos portos antes da abertura aos operadores privados. Muitas situações dão margem a equívocos graves. Há representantes do setor de infraestrutura que insistem em apresentar dados com uma aparente relação de causa e efeito e há muito induzem a erros, perigosamente tomados como verdade.
No porto de Santos, a redução do custo de operação por contêiner foi de 60% em 17 anos.
Engano mais comum é de que os "portos brasileiros são ineficientes", ou seja, que as altas taxas portuárias reduzem a competitividade dos produtos nacionais, nada mais falso. O grande gargalo é a burocracia e as dificuldades de acesso ao porto.
Repetido mecanicamente há décadas, quando ainda se podia justificar alguma generalização, tal discurso é invocado ainda hoje, algo inadmissível. Durante recente seminário em Brasília, uma entidade de classe afirmou, a jornalistas, empresários e autoridades, que os portos brasileiros cobram dos exportadores US$ 400 por contêiner embarcado, enquanto o mesmo serviço custa US$ 150 em outros países.
Ocorre que o exportador, via de regra, não paga nada ao terminal. Os terminais portuários cobram pelo