Sistema genital feminino
Extrapulmonary tuberculosis: clinics and image aspects.
Agnaldo José Lopes1, Domenico Capone2, Roberto Mogami3, Bernardo Tessarollo4, Daniel Leme da Cunha5, Rafael Barcelos Capone6, Hélio Ribeiro de Siqueira7, José Manoel Jansen8.
Depois de penetrar no organismo pela via respiratória, o M. tuberculosis pode disseminar-se e instalarse em qualquer órgão, seja durante a primoinfecção, quando a imunidade específica ainda não está desenvolvida, seja depois desta, a qualquer tempo, se houver queda na capacidade do hospedeiro em manter o bacilo nos seus sítios de implantação. Independentemente da forma patogênica da doença, a disseminação pode ocorrer, também, a partir da manipulação cirúrgica ou diagnóstica de um órgão doente. A maioria das formas extrapulmonares acontece em órgãos sem condições ótimas de crescimento bacilar, sendo quase sempre de instalação insidiosa e evolução lenta. As formas mais freqüentes, com pequenas variações de posição em diferentes períodos e regiões, são pleural, linfática, osteoarticular, geniturinária e in-
testinal, embora praticamente qualquer local do organismo possa ser afetado pela doença (Quadro 1). Até o momento, só não há descrição de tuberculose em unha e cabelo.
Quadro 1: Formas mais comuns de tuberculose extrapulmonar.
Quais são os desafios para o diagnóstico da tuberculose extrapulmonar? Pode haver maior dificuldade no diagnóstico das formas extrapulmonares da tuberculose, que costumam permitir a confirmação bacteriológica do diagnóstico em somente cerca de um quarto dos casos. As razões dessa dificuldade são muitas, e incluem o difícil acesso à maioria das lesões e o fato de habitualmente serem paucibacilares, situação na qual a baciloscopia costuma ser negativa. Os achados histopatológicos de reação granulomatosa, por sua vez, não afastam a possibilidade de outras doenças. Na Aids, muitas das formas extrapulmonares da tuberculose ocorrem em associação, o que