Construção sustentável
1. INTRODUÇÃO É no final da década de 80, com o Relatório de Brundtland que o conceito de sustentabilidade é definido como um processo que “dê resposta às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras suprirem as suas próprias necessidades”. Como tal, a crescente preocupação e regulamentação ambiental, colocam progressivamente o tema do desempenho ambiental e energético, cada vez mais no centro da agenda da construção dos edifícios e na sua relação com o espaço envolvente. Logo é cada vez mais, necessário ter em conta os impactes potenciais e reais associados ao ambiente construído e à construção de edifícios, principalmente numa fase pós-projecto, com o objectivo de se encontrar medidas que possam minimizá-los, e sempre que possível, eliminá-los. Este relatório tem como objectivo reunir uma síntese das orientações de boa prática, quer ao nível nacional como da União Europeia. Os ensinamentos recolhidos nesta investigação, baseada numa consulta bibliográfica de conceitos e indicações, permitirão a fundamentação da análise e tomada de posição, e a elaboração de propostas de estratégias e medidas de intervenção para a sustentabilidade dos aglomerados urbanos.
2. ANÁLISE DE DOCUMENTOS 2.1. AMBIENTE CONSTRUÍDO E PROCURA DE SUSTENTABILIDADE, Novo paradigma de Construção Sustentável – MANUEL PINHEIRO (2006) A construção sustentável consiste numa forma de avaliar a concepção, a construção, a operação e a demolição. No conceito tradicional, a construção apenas se preocupa com a qualidade do produto, o tempo dispendido e os custos associados, enquanto a construção sustentável vai mais além e preocupa-se também com o ambiente, nomeadamente, com o consumo de recursos, as emissões de poluentes, a saúde e a biodiversidade. Surge assim um novo paradigma, cujo objectivo principal consiste na melhoria da