Sindrome de Pusher
O nome “Pusher” vem da característica desses pacientes de se empurrar com o lado não comprometido para o lado parético, resistindo a qualquer tentativa de correção passiva da postura.
A Síndrome de Pusher (SP) é uma alteração do controle postural que foi descrita clinicamente, pela primeira vez, em 1909 por Beevor citado por Saj, Honoré, Coello, Rousseaux (2005), porém Patrícia Davies (1996) citada por Karnath e Broetz (2003), Karnath, Ferber e Dichgans (2000) e Lafosse et al (2005) foi quem definiu essa manifestação como “síndrome de pusher”.
Davies (1996) descreveu a SP através da observação do ato motor dos pacientes em empurrar lateralmente o próprio corpo para o lado hemiparético, utilizando o hemicorpo não acometido. Karnath, Ferber e Dichgans (2000) sugerem que este comportamento está relacionado com uma alteração na percepção postural vertical (PPV), de modo que, esses pacientes têm a percepção de que estão alinhados na vertical quando estão com aproximadamente 18º de inclinação para o lado ipsilesional. Portanto, ao tentar levantarem-se e sentarem-se seus centros de massa são deslocados para o lado ipsilesional e como reação empurram-se para o lado contralesional.
Não estão claras na literatura quais são especificamente as estruturas responsáveis pela representação postural vertical. Análises por tomografia computadorizada de crânio (TCC) e ressonância magnética (RM) sugeriram que os núcleos posterior e lateral da região posterolateral do tálamo podem ser as estruturas envolvidas no controle vertical da postura (Karnath, Ferber, Dichgans, 2000; Johannsen, Broetz, Naegele, Karnath, 2006; Pedersen et al, 1996).
Alguns autores estimam que aproximadamente 10% dos pacientes pós acidente vascular encefálico (AVE) apresentam essa síndrome (Pedersen et al, 1996; Premoselli, Cesana, Cerri, 2001). Danells et al (2004) relataram uma incidência de 63%, enquanto os autores Bateman e Riddoch citados por Danells et al (2004) relataram