Estudo caso controle
O acidente vascular encefálico (AVE) é definido como uma interrupção do fluxo cerebral vascular, seja do tipo isquêmico, causado pela oclusão de artérias e arteríolas, por eventos trombóticos e embólicos, ou do tipo hemorrágico, caracterizado pelo rompimento do vaso articular cerebral, na presença de aneurismas cerebrais, hemorragias meníngeas ou outras malformações vasculares1. O AVE pode acarretar danos físicos, como plegia ou paresia de um ou ambos os membros, alterações sensoriais, espasticidade; danos psicoafetivos seguidos por quadros depressivos, ansiedade e agressividade; e danos cognitivos, como problemas de memória, atenção, concentração, alteração da linguagem, funções executivas, dificuldade no planejamento de ações e deficitperceptual2.
Outra disfunção observada no AVE é a síndrome de pusher ou do não-alinhamento, que foi inicialmente descrita por Davies3, em 1985: o autor caracterizou a síndrome por uma alteração do controle postural em relação à aceleração da gravidade, observada em pacientes com lesões encefálicas. Pacientes com essa síndrome percebem-se como adotando a postura vertical, quando na verdade estão inclinados para o lado não-parético e se empurram (em inglês, push) em direção ao lado parético utilizando o membro não-afetado. Quando estáticos, tanto sentados como em posição ortostática, apresentam uma inclinação contralateral à lesão encefálica. Diante da tentativa de correção passiva, esses pacientes utilizam o lado não-afetado para resistir à correção, promovendo assimetria corporal3-7.
A fisioterapia aquática tem como objetivo promover o máximo de independência funcional possível ao paciente, minimizando as respostas anormais e potencializando os movimentos apropriados, beneficiando-se dos princípios físicos e termodinâmicos da água. Entre esses princípios destacam-se: o empuxo, força oposta à gravidade atuando sobre o objeto imerso, que propicia a flutuação; a pressão hidrostática, pressão que a água exerce sobre o