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2.
PORTUGUES
Atenção: Para responder às questões de números 1 a
8, considere o texto abaixo.
A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o movimento cordelista pode ser comparada à de outros dois grandes nomes: Leandro Gomes de
Barros − que montou, por volta de 1906, a primeira grande folhetaria do Recife, praticamente iniciando o gênero − e João Martins de Athayde − que em
1921 adquiriu as impressoras, a loja, os títulos dos folhetos e a rede de distribuição da folhetaria de
Leandro, conseguindo expandi-la ainda mais, por todo o Nordeste.
Rodolfo produziu muito, mas não é sua atividade pessoal como autor e comerciante de folhetos que o torna tão importante para o movimento cordelista. Tampouco seu trabalho na indústria do cordel, que já estava bem firmada quando ele apareceu. Nunca, aliás, possuiu impressora própria. Sempre mandou fazer seus folhetos. Sua ação foi a favor da classe sofrida dos folheteiros, que, em grande número, viviam − e vivem − em feiras, mercados, praças e locais de peregrinação a escrever e vender seus folhetos, para ganhar a vida e sustentar, às vezes, família numerosa. Quando Rodolfo surgiu, os cordelistas, considerados como camelôs, eram escorraçados, presos e maltratados.
Publicando artigos de jornal, fazendo contatos com as autoridades, organizando congressos, fundando associações e agremiações de classe,
Rodolfo conseguiu modificar tal situação, dando dignidade e representatividade aos cordelistas. Não foi por acaso que a Academia Brasileira de
Literatura de Cordel no Rio de Janeiro acolheu-o como patrono.
(Adaptado de Eno Theodoro Wanke.
Introdução. Rodolfo Coelho Cavalcante. S.
Paulo: Hedra, 2000. p. 34-5)
1.
Ao considerar a figura de Rodolfo Coelho
Cavalcante no contexto do movimento cordelista, o autor:
a) acentua as condições difíceis em que o cordelista produziu sua obra, sequer dispondo de uma impressora particular.
b) sugere ser a obra